terça-feira, 18 de maio de 2010

Novos dados sobre a Amazônia

O projeto, coordenado pelo Departamento de Zoneamento Territorial da Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável, consiste na elaboração da Base Cartográfica Digital Contínua da Amazônia Legal na escala 1:100.000 que passará a integrar o Sistema Cartográfico Nacional. Este projeto foi executado pela Diretoria de Serviço Geográfico, do Exército brasileiro, e pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, e foi um dos grandes incentivadores à construção da Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais (INDE), estabelecido pelo Decreto 6.666 de 2008. Como ponto de partida, foi feita a digitalização, atualização e validação das bases cartográficas analógicas elaboradas pelo estados que compõem a Amazônia Legal. Posteriormente, foram produzidas cartas para as áreas com vazios cartográficos, e estas também serão incorporadas à Mapoteca Nacional Digital da CONCAR.



O porquê



A Base Cartográfica Digital na escala de 1:100.000 foi produzida para atender ao planejamento estratégico da Amazônia, e auxiliará na diminuição das incertezas geográficas para o monitoramento e para a fiscalização das atividades antrópicas. Isso facilitará a aplicação de ações preventivas e corretivas em processos administrativos e jurídicos referentes ao uso ilegal dos recursos naturais. A Base Cartográfica também trará benefícios na implementação de ZEE Estaduais e Municipais em escala mais detalhada.



Aplicações práticas






. Maior precisão nos processos de regularização fundiária.



. Aprimoramento no processo de licenciamento ambiental.



. Melhoria qualitativa nas ações de comando e controle, ou seja, maior precisão na localização das propriedades rurais e/ou áreas de forte antropização e de desmatamento.



. Melhoria nas ações de fiscalização e nos Termos de Ajuste de Conduta – TAC, com aprimoramento na garantia jurídica das atividades de fiscalização.



. Maior precisão nas delimitações das áreas de APPs e Reserva Legal, bem como das áreas do Sistema Nacional de Unidades de Conservação – SNUC.



Estratégias de implementação



. Capacitação dos órgãos ambientais da Amazônia Legal no uso e operacionalização das informações adquiridas na escala 1:100.000.



. Manutenção e validação compartilhada entre usuários e produtores de informações cartográficas.



. Disponibilização para download no sítio eletrônico do MMA, segundo as diretrizes estabelecidas pela Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais – INDE.



Beneficiários



Instituições públicas – federais, estaduais, municipais – responsáveis por licenciamento ambiental, zoneamento ecológico-econômico e gestão territorial e ambiental em escala regional, bem como a toda sociedade.




Instituições parceiras






Ministério do Meio Ambiente






Ministério da Defesa






Exército Brasileiro (Diretoria de Serviço Geográfico – DSG)






Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão






Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE






Secretarias Estaduais de Meio Ambiente






Secretarias Estaduais de Planejamento






Municípios da Amazônia Legal



Banco Mundial

Importante:
O programa ressalta " que trata-se de uma versão preliminar e estará sujeita a atualizações e aperfeiçoamentos"

http://mapas.mma.gov.br/mapas/aplic/cartoamazonia/index.htm

Amazônia monitorada em 3D

Pesquisa testará varredura aérea de imagens que identifica objetos de até15 cm

18/05/2010 - 10:05
fonte: Globo Amazônia

A técnica será a seguinte: um pulsor de raios laser acoplado ao GPS de um avião, que fará uma varredura em três dimensões, com imagens em alta definição, da floresta amazônica no Brasil. O pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Labex, nos Estados Unidos, Marcus Vinício Neves d' Oliveira coordenará o voo de testes nos próximos dias, em uma área de 1000 hectares na Floresta Estadual de Antimary, em Sena Madureira.


Para tanto, o avião terá que ficar a cerca de um quilômetro de distância do solo. O sistema consegue desenhar, por meio do envio de feixes de laser, uma imagem detalhada. Com as informações de longitude, latitude e altitude dos objetos, a técnica permitirá uma análise em três dimensões da floresta. "Se alguém abrir uma trilha embaixo das árvores, coisa que os sensores comuns não conseguem ver, esse sistema identifica", explica d' Oliveira.

E ele tem razão de sobra para estar animado com a pesquisa por aqui. “Em florestas temperadas nos Estados Unidos e no Canadá, pesquisadores conseguiram desenhos com resolução muito alta no nível do solo", lembra d' Oliveira.


A tecnologia já foi aplicada em países como Costa Rica, Panamá e Peru. "Com as informações no Brasil, teremos dados precisos sobre a floresta. Será possível calcular operações de campo para manejo florestal, a posição exata de rios e o volume de madeira em um local", diz.

De acordo com o pesquisador, os dados captados pelo sistema são fundamentais para guiar algumas ações na Amazônia, como a construção de estradas e o combate ao desmatamento. "Ao monitorar a floresta, é possível ver com detalhe se houve exploração dentro de determinada área".


O voo experimental e a pesquisa de campo no Acre custarão US$ 75 mil (R$ 134,7 mil). O projeto é desenvolvido pela Embrapa Labex em parceria com o Serviço Florestal Americano, a Embrapa Acre e o governo do Acre.

Comitê sino-brasileiro anuncia o fim das operações do satélite CBERS-2B

Após fornecer milhares de imagens do Brasil e China, além de países da América do Sul e até da África, o CBERS-2B teve suas operações dadas como encerradas pelo JPC, sigla em inglês para Comitê Conjunto do Programa CBERS, que esteve reunido nesta terça-feira (11/05) no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em São José dos Campos (SP).

Lançado em 19 de setembro de 2007, o satélite foi construído a partir de equipamentos e peças remanescentes do CBERS-2 e tinha vida útil estimada em dois anos. O CBERS-2B gerou aproximadamente 74.000 imagens com a câmera CCD, 11.000 com a WFI e 300.000 com a HRC, apenas sobre a América do Sul. O total de órbitas percorridas – voltas em torno da Terra – chegou a 13.000. Foram distribuídas gratuitamente cerca de 270.000 imagens deste satélite a usuários brasileiros e outras 60.000 a usuários de mais de 40 países. Todas as imagens geradas pelo CBERS-2B podem ser acessadas sem custo pela internet: http://www.dgi.inpe.br/CDSR.



Técnicos brasileiros e chineses tentavam restabelecer a operação normal do CBERS-2B desde março, quando verificados os primeiros problemas no satélite, o terceiro lançado pelo Programa CBERS - sigla para China-Brazil Earth Resources Satellites; em português, Satélites Sino-Brasileiros de Recursos Terrestres.



Em 16 de abril os centros de controle brasileiro e chinês não conseguiram estabelecer contato com o CBERS-2B e, desde então, o satélite tem enviado sinais intermitentes que indicam falta de energia. Como as chances de se restabelecer o funcionamento normal são mínimas, a Agência Chinesa de Tecnologia Espacial (CAST) e o INPE, responsável no Brasil pelo Programa CBERS, deram como encerrada a vida útil do CBERS-2B.



O próximo satélite do programa CBERS será o CBERS-3, que tem lançamento previsto para o segundo semestre de 2011. Primeiro da segunda geração de satélites desenvolvidos pela parceria sino-brasileira, o CBERS-3 marcará uma evolução em relação aos CBERS-1, 2 e 2B. Assim como o CBERS-4, que deve ser lançado em 2014, o CBERS-3 será mais sofisticado e terá quatro câmeras imageadoras, enquanto os anteriores contavam com três.



O encerramento da operação do CBERS-2B reduz o número de imagens utilizadas em programas como PRODES e DETER, que monitoram o desmatamento na Amazônia. A continuidade dos programas é garantida pelo uso de imagens dos satélites americanos TERRA/MODIS e LANDSAT-5, e do indiano RESOURCESAT. Mesmo operando em condições não ideais, o INPE continuará a fornecer os dados necessários ao monitoramento do território brasileiro.



O Programa CBERS



Os satélites do Programa CBERS são resultado do acordo, assinado em 22 de agosto de 1988, entre a Academia de Tecnologia Espacial da China (CAST) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Este primeiro acordo de cooperação previa o desenvolvimento e construção de dois satélites de sensoriamento remoto.



O CBERS-1 foi lançado em outubro de 1999 e já em 2002 foi assinado novo acordo para a continuação do programa, estabelecendo a construção de dois outros satélites - os CBERS-3 e 4, com novas cargas úteis - e a divisão de investimentos em 50% para cada país (nos primeiros satélites a divisão foi de 70% para a China e 30% para o Brasil).



O lançamento do CBERS-2 aconteceu em outubro de 2003. Este satélite manteve suas operações até o início de 2009.



Em 2004, para abreviar o tempo entre o final da vida útil do CBERS-2 e o lançamento do CBERS-3, Brasil e China decidiram construir a partir de equipamentos e peças remanescentes dos primeiros satélites o CBERS-2B, que foi lançado em setembro de 2007 e agora encerra suas operações.



Dados CBERS como bens públicos globais



O CBERS é um exemplo bem-sucedido de cooperação Sul-Sul na área de alta tecnologia e um dos pilares da parceria estratégica entre o Brasil e a China. Em abril deste ano foi assinado o memorando de entendimento que definiu a política de dados CBERS, tornando global a distribuição gratuita de suas imagens e consolidando o Programa como um importante instrumento de cooperação para políticas ambientais internacionais.



O objetivo é proporcionar a países em desenvolvimento os benefícios do uso de dados de satélites, que servem para melhor monitorar o meio ambiente, avaliar desmatamentos, áreas agrícolas e desenvolvimento urbano, entre outras aplicações.



O INPE iniciou em junho de 2004 a distribuição gratuita pela internet de dados de satélite para usuários brasileiros. Com o apoio do parceiro chinês, os dados passaram a ser oferecidos da mesma forma também a países da América Latina e, mais tarde, ao continente africano. A atual política de dados permitirá que os dados dos próximos satélites sino-brasileiros possam ser livremente distribuídos a outros países.



Mais informações no site www.cbers.inpe.br.
Fonte INPE.
Imagem Belém(PA).

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Amazônia diversa: Vale, BNDES e fundos de pensão criam Fundo de Reflorestamento para a Amazônia

A Agência Brasil notícia com "pompa e circunstância" que a "Vale, BNDES e fundos de pensão criam Fundo de Reflorestamento para a Amazônia".
Uma notícia interessante e instigante. Descobiram que o reflorestamento é mais rentável que a pecuária.
 Mais interessante ainda é o discurso: “Este é um exemplo bem sucedido de projeto social com retorno econômico. Hoje, já plantamos no Pará uma árvore por habitante e nossa meta é que seja plantada uma árvore para cada brasileiro. E é um projeto altamente rentável, muito mais que a pecuária que, lá, é extensiva”.  O grifo é meu, a fala é do presidente da Vale, Roger Agnelli.

Projeto social ? Ora, ora!! A iniciativa é muito interessante, mas é da Vale Florestar S.A. Não é um projeto "social". Abrange os municípios de Dom Eliseu, Ulianópolis, Paragominas, Rondon do Pará, Abel Figueiredo e Bom Jesus do Tocantins, no Pará (imagem ao lado, reprodução VALE)

Veja na íntegra e tire suas conclusões no site da Agência Brasil.
Segundo o Instituto do Home e Meio-Ambiente da Amazônia (Imazon),  o Pará continua ocupando a posição de líder do desmatamento em toda a região Norte e, dos cinco municípios que mais desmataram em toda a Amazônia no mês de março passado, cinco – Moju, Tailândia, Monte Alegre e Novo Progresso – são paraenses. Impressionante é que apenas os três primeiros municípios contribuíram com 15% do desmatamento total na região.


Além disto, uma questão preocupante se impõe, em março de 2010, o Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) registrou 76 quilômetros quadrados de desmatamento na Amazônia Legal, o que representa  aumento de 35% em relação a março de 2009 quando o desmatamento somou 57 quilômetros quadrados, destacou o pesquisador Adalberto Veríssimo, coordenador da Pesquisa à imprensa.
Verifica-se que o chamado vetor de desmatamento parece deslocar-se, até pouco tempo o líder da lista dos municípios que mais desmatavam era São Félix do Xingu na região sudeste do Pará, área de ocupação recente, o que não é o caso de Moju.
O que será que ocorre no município de Moju- expansão do biocombustível ? A floresta éstá dando lugar a quê? Demanda para a ciência.


Fonte Imazon.

Amazonia em transe: os impactos da indústria em instalação em Marabá

O blog Quaradouro mostra que a dinâmica do território de Marabá com a chegada da nova siderúrgica é passa por mudanças que stão muito além do prenúncio de progresso que a estampa midiática do proejto quer fazer crer.   Uma mega empreendimento que altera o uso do território e pode influenciar negativamente (não só, e não necessáriamente, o futuro dos moradores locais. O tabuleiro se move. Neste movimento os atores envolvidos tem peso diferente, seguem posições marcadas. Ainda bem que a história não é tão mecânica quanto as regras do xadrex.

 Segue a postagem na íntegra.

"É de angústia a situação das famílias de agricultores do projeto de Assentamento Belo Vale, em Marabá, ameaçadas pelas desapropriações realizadas pelo Estado para implantação da 3ª fase do Distrito Industrial de Marabá, onde a Vale vai construir a siderúrgica Aços Laminados do Pará (Alpa). Ao todo são 62 famílias assentadas pelo Incra a partir de 2003. Belo Vale está no centro da área em fase de aquisição pelo governo estadual para instalação de empresas que possam vir a produzir aço a partir de 2012.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Amazônia em Guerra: justiça federal cancela o Leilão da UHE BELO MONTE


"A Justiça Federal determinou a suspensão da licença prévia da hidrelétrica de Belo Monte e o cancelamento do leilão, marcado para a próxima terça (20/04). O juiz Antonio Carlos de Almeida Campelo concedeu medida liminar (urgente) por ver “perigo de dano irreparável”, com a iminência da licitação", informa o MPF/PA.

Explica que a " decisão é fruto da apreciação de uma das duas ações civis públicas ajuizadas pelo Ministério Público Federal tratando das irregularidades do empreendimento. Trata, especificamente, da falta de regulamentação do artigo 176 da Constituição Federal, que exige edição de lei ordinária para o aproveitamento de potencial hidráulico em terras indígenas".

O território é isso, dinâmico e conflituoso. Os atores mobilizam-se para garantir que seu uso responda aos seus interesses. Em um Estado Democrático de Direito esta dinâmica é lenta, mas muito vigorosa. Cada passo que um dos grupos, neste caso, os que são a favor, os que são contra a UHE (pelo menos da forma como está sendo feita) é sempre como a passada de um gigante, que ecoa, faz o chão tremer e todos os seus aliados e "inimigos" organizam-se em suas respectivas posições. E todos se preparam para novo embate.

Abaixo, picando do site da Aneel, com algumas inserções e contextualizações do blog - uma linha do tempo da tentativa do empreendimento. Incompleta, mas didática.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Amazônia a ser preservada: mais 10 milhões de hecatres em áreas protegidas

Foi o disse, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira,  ontem (dia 12) em reunião com os presidentes dos parlamentos da Noruega, Dag Tarje Andersen, e do Povo Sami, Egil Olli:  que na segunda fase do  Programa Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa) serão criados 10 milhões de hectares de UCs na Amazônia nos próximos 10 anos.  Destacou que o Fundo Amazônia é parte importante desta proposta.

Ps1. O ARPA é um programa do Governo Federal, com duração prevista de dez anos, para expandir, consolidar e manter uma parte do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) no Bioma Amazônia, protegendo pelo menos 50 milhões de hectares e promovendo o desenvolvimento sustentável da região.

Ps2. Muitos estudos provaram que a simples criação de UCs freia o desmatamento.

Ps3. Muitos estudiosos ressaltam que a criação apenas não resolve todo o problema. È preciso consolidar. È preciso instalar de fato os mecanismos de gestão das UCS.

Com informações do Canal Rural

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Amazônia fraudada, roubada, desmatada...30.000 metros de fraude

Na manhã desta segunda-feira (12), os pátios das 15 maiores madeireiras do Pará, suspeitas de desmatamento ilegal, foram ocupados pelo IBAMA. A Operação Delta, que carrega tal alcunha por fiscalizar empresas no delta do Rio Guamá, uma região responsável por mais de 30% do escoamento da madeira paraense oriunda de extração. Uma ação da  Comissão Interministerial de Combate aos Crimes e Infrações Ambientais (Ciccia) com ampla participação de orgãos federais, dentre os quais Polícia Federal, o Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio) e o Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam). No total devem ser apreendidos 30.000 metros cúbicos de madeira. São   66 grandes empreendimentos madeireiros nos arredores de Belém com suspeitas de irregularidades, dentre as quais as 15 maiores do Pará.

Amazônia roubada: 16,6 bilhões é o novo tamanho das fraudes da Sudam/Sudene

O anúncio ao lado foi publicado na revista Realidade de 1972, em edição especial sobre a Amazônia e foi levado ao extremo da imoralidade no trato com os recursos públicos regionais.
Na mesma época é criada a Sudene (similar do nordeste). Hoje
São centenas de ações que somam mais de R$ 16,6 bilhões e poucas condenações. Nada foi devolvido aos cofres públicos.

Em 2001, a extinção da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia   foi marcada pela decoberta de fraudes bilionárias. Hoje o Ministério da Inegração Nacional divulga que o rombo é muito maior que o descoberto nas fraudes  contra a Sudam e a Sudene.
A impunidade é quase uma certeza para a maior parte dos envolvidos. Segundo o Ministério da Integração nacional, 1571 empresas aplicaram o calote até 2001 quando a superintendência foi extinta sob a maré de escândalos que levaram inclusive a renuncia do Jader Barbalho. Acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) como o principal articulador do esquema,  Jader Barbalho (PMDB-PA), deputado federal é dos cotados para concorrer ao Governo do Estado e um aliado disputado nas eleições no Pará. Figuram entre os envolvidos além de Jader, membros da família Gueiros (ex-governador) até o atual vice-prefeito de Anapu no Pará, Laudelino Délio Fernandes Neto.

Amazônia em Guerra: trincheira é Brasília

 Em Brasília (Capital Federal), atingidos por barragens protestam contra a UHE-Belo Monte.


O Conselho Indigenísta missionário CIMI, informa desde ontem que cerca de 700 integrantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) de diversos estados, lideranças do Parque Indígena do Xingu, e ribeirinhos e indígenas de Altamira estão em Brasília para realizar protesto contra os grandes projetos hidrelétricos previstos pelo Governo Federal, em especial a usina de Belo Monte.

Foto: Carmen Américo (Altamira-2008)

O diretor do filme de maior bilheteria da história do cinema, Avatar, James Cameron, a atriz Sigourney Weaver e outros membros do elenco do filme participam da marcha em apoio aos movimentos sociais e indígenas.

O protesto exigirá o cancelamento da Licença Prévia e do Leilão de Belo Monte, marcado para o dia 20 de abril, bem como o deferimento das Ações Civis Públicas do Ministério Público Federal no Pará, ajuizadas na última quinta feira, dando conta de inúmeras inconstitucionalidades no processo de licenciamento da obra.

Convocaram o ato:
Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB)
Movimento Xingu Vivo para Sempre
Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab)
Conselho Indigenista Missionário (Cimi)
Instituto Socioambiental (ISA)
Rede Brasil
Amigos da Terra - Amazônia Brasileira





Com informações do CIMI.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Amazônia - seja pelos desmatamento total, seja pela mata da Pirelli, a questão ambiental está sempre no "prato do dia"

Em sete de Abril de 2010, a rede blogueira de Belém (PA) disparou alertas contra a destruição da mata da Pirelli -  uma reação contra empreendimento (conjunto residencial) do Governo do Pará, a ser executado pela Companhia de Habitação(COHAB) em Marituba (PA). Um debate que não permite conclusões apressadas.

Segundo seus opositores o empreendimento colocaria em riscos o patriomônio natural da área e também levaria a maior pressão sobre a área de populações tradicionais, neste caso, a comunidade quilobola Abacatal.
Parlamentares e o Ministério Público mobilizam-se. O MPF,  para investigar o processo e não concluiu o procedimento ainda. Os parlamentares liderados por Arnaldo Jordy (PPS)  manifestam-se, com estandartes ambientalistas em riste, contra o desmatamento de 11,4% da área ou exatos 940,45 hectares autorizado pela governadora. Bem, não só contra o desmatamento, mas suas consequências diretas e indiretas que vão desde o impacto à flora até aqueles sobre questão fundiária envolvendo os quilombolas do lugar, e ainda sobre sítio arqueológico existente nas imediações. Dia 07/04/2010 foi o fatídico dia da publicação da autorização para a "supressão florestal".

Em  01/04/2010, a Sema-Pa divulgou a notícia de Criação do Refúgio de Vida Silvestre Metrópole da Amazônia - uma unidade de conservação com 6.367,27 ha, está localizada ás margens do Rio Guamá em Marituba. Informava que se trataria  de unidade que  "proporcionará condições ambientais para a existência ou reprodução de espécies de fauna e flora. Destacando ainda que a área abrigaria o Centro de Endemismo de Belém a ser construído no local para proteger espécies ameaçadas de extinção. E ainda, que "o espaço será aberto a visitações para incentivar o turismo ecológico, pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação ambiental".

Decorre que a área original da antiga Fazenda Pirelli, agora chamada de Fazenda Guamá é de 7,3 mil hectares. È sobre os 10% restantes que serão desmatados  que paira a discórdia. Nestes dois projetos seriam desenvolvidos pelo Governo do Pará com recursos do Ministério das Cidades.

"No primeiro, o investimento total seria de R$ 176,5 milhões e visa atender de 4 a 9 mil famílias com moradia, gerando 10.700 empregos diretos e 21.400 empregos indiretos. Já o segundo prevê investimentos da ordem de aproximadamente R$ 250 milhões, no qual seriam construídos 15 mil unidades residenciais, empregando diretamente 15.150 trabalhadores e outros 30.300 indiretamente. Os recursos serão oriundos de repasse do Ministério das Cidades e contrapartida do governo do Pará.


"Planejamos uma ocupação gradativa, ordenada, feita com responsabilidade, sem deixar de levar em consideração o entorno da área, minimizando os impactos ambientais que, por ventura, venham a ocorrer em decorrência do projeto", garantiu o representante do governo no Agência Pará.

Bem, o conflito está posto. Governo Estadual e Federal, empreiteiras, clientes dos programas de habitação popular, moradores locais a favor, moradores locais contra, quilombolas, parlamentares da oposição, ambientalistas, comunistas, jornalistas, blogueiros, Ministério Público Federal...

Hiiih !!!! ainda é ano eleitoral!!!

Um empreendimento grande, quase meio bilhão de reais no total, ao lado de uma unidade de conservação. Será que "rola" mesmo ?

Muita gente tá achando que não.

Veja mais no blog da francinete, espaço aberto, no tipo assim ...
Foto Sema-Pa Divulgação, Reorodução (O grito)

Amazônia é prioridade para o Governo. Ops! Belo Monte é prioridade

Lula garante que governo tem 'cacife' para construir usina Belo Monte. Diz isto por conta da desistência das empresas na participação do leilão. A Reuters noticía.
De acordo com o presidente, quem acredita que o governo não tem "cacife" para isso está enganado.

"Vamos fazer o leilão. Esperamos que tenha três, quatro, cinco ou mais grupos. Uma coisa as pessoas podem ficar certas, vamos fazer Belo Monte. Isso é importante ficar claro em alto e bom som: vamos fazer Belo Monte", afirmou.
imagem: Reprodução Agência Brasil

Amazônia em Guerra: agora o Governo Federal Levanta seus tacapes.

Manifestação Movimento Xingu Vivo  ALTAMIRA(PA)  -   Foto: Carmen Américo (2008

Em fevereiro, a AGU chegou a ameaçar procuradores do ministério público que ingressassem com novas ações contra a hidrelétrica. Na época, o MPF reagiu e disse que os procuradores não se intimidariam.
Em Brasília, a A Advocacia-Geral da União (AGU) vai recorrer de duas ações ajuizadas na quinta-feira (08/04) pelo Ministério Público Federal (MPF) em Altamira contra o licenciamento da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu (PA).
Nas ações, o MPF argumenta que houve desrespeito à Constituição e violações à legislação ambiental, que, segundo os procuradores, foram provocadas pela pressa em conceder licença para a construção da usina e por falta de dados científicos conclusivos.

Além do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) – responsável pela licença – a AGU defenderá a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a Agência Nacional de Águas (ANA), a Eletrobras e a União, também citadas na ação. A AGU vai aguardar a notificação oficial da Justiça, o que deve acontecer nos próximos dias, para analisar os processos e formular a argumentação de defesa, informou a sua assessoria, segundo a AGÊNCIA BRASIL.

Uma decisão liminar da Justiça sobre as ações pode sair antes da data marcada para o leilão da usina, dia 20 de abril, e frustrar as expectativas do governo de levar o projeto adiante. Além do MPF, movimentos sociais, ambientalistas e indígenas questionam a construção de Belo Monte. A usina, que poderá gerar até 11 mil megawatts/hora é o maior empreendimento energético do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), lê-se no site da Agência Brasil. Os moviemntos contrários a construção argumentam que tal potencial é pulha.

Com informações da Agência Brasil

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Amazônia: a guerra por Belo Monte


imagem: MPF
Governo reage a intenção de minstério público e ameaça também processá-los por abuso de perrogativas e improbidade administrativa por estarar descumprindo norma da Advocacia-Geral da União (AGU). O ministro de minas e energia Márcio Zimmermann diz ao Jornal Estadão que tem convicção de que o processo de licenciamento foi feito corretamente. Guerra Aberta entre os agentes a favor e contra a construção da Usina. O leilão para venda da energia está marcado para o dia 20 de Abril.
 

Amazônia faz as contas do desmatamento


A floresta amazônica perdeu 208,2 km² nos meses de janeiro e fevereiro, segundo os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) através do programa Deter, nesta quinta-feira, 08 de Abril.

Em janeiro, em toda a região, foram detectados 23 km² de desmatamento, e em fevereiro 185 km². Números menores que do ano passado para os mesmos meses. Vale notar que em janeiro apenas a 31% da Amazônia pode ser observada livre de nuvens e em fevereiro, 43%. Isto talvez explique a pequena área de desmatamento no Pará que estava com 96 por cento do território coberto por nuvens e que tem sempre papel destacado no ranquing dos estados com maior perda de floresta, não menos que no Amapá (99%). segundo a Agencia Brasil a ministra do meio ambiente vai apresentar os dados hoje ás 15 horas, e vai comentar a redução em relação o mesmo período do ano passado, quando foram encontrados 222 km² e 143 km², respectivamente.O Deter envia a cada 15 dias informações para as equipes de fiscalização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e isto permite a fiscalização.

Foto ilustativa de 2005 (IBAMA)

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Amazônia muito cara : Odebrecht e Camargo Corrêa desistem da usina de Belo Monte

Não, não tem nada a ver com a divulgação pelo MPF-PA de que vai pedir o cancelamento da Licença e do Leilão da UHE Belo Monte, hoje a tarde.  Está relacionado ás condições do edital divulgado pela Agência Nacional de Energia Élétrica (Aneel). O que será que elas viram neste tal edital ? Veja no site da agência. A Folha Online diz que isto prejudicaria o tal ambiente de competição esperado em torno do evento.

Amazônia Protegida: Encontro das Aguas no Amazonas é tomada como patrimônio natural

Depois de muitas idas e vindas. Depois de forte mobilização de ambientalistas, comunidades e cientistas. Depois de um grande abaixo assinado, conflitos e tensões.... A Fustiça Federal "determinou o tombamento provisório do Encontro das Águas" em Manaus (AM).

Não, não. Não é o tombamento da música do Jorge Vercilo e nem do poema do Quintino Cunha (veja abaixo).

È um fenômeno que acontece na confluência entre o rio Negro, (de água negra) e o rio Solimões, (de água barrenta). Ao encontrarem-se para formar o Amazonas, estas águas correm lado a lado sem se misturar por uma extensão de mais de 6 km. Um processo físico-químico que garante grande beleza cênica ao lugar.
Isto, ajuda justificar a determinação judicial que vai  além da área do encontro, obviamente.

Trata-se de "patrimônio de relevância paisagística, ecológica, arqueológica, paleontológico, turística, científica e cultural". Ou seja, de um PATRIMÔNIO NATURAL e,  por via de consequência, a suspensão imediata do licenciamento ambiental do empreendimento denominado Porto das Lajes. A decisão liminar foi dada pela juíza da 3ª Vara Federal, Maria Lúcia Gomes de Souza, no curso da ação civil pública de autoria do MPF/AM, iniciada há cerca de um mês", informa o MPF(AM).

Por conta destas decisões, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) deverá declarar o tombamento provisório para impedir que seu tombamento definito se torne inócuo. A empresa Lajes Logística S/A está impedida de realizar quaisquer atos relativos tanto ao processo de licenciamento ou de divulgação do empreendimento.
Com informações no site MPF/AM.
Em volte para apreciar o encontro.
O Encontro das Àguas
Vê bem, Maria aqui se cruzam: este
É o Rio Negro, aquele é o Solimões.
Vê bem como este contra aquele investe,
como as saudades com as recordações.
Vê como se separam duas águas,
Que se querem reunir, mas visualmente;
É um coração que quer reunir as mágoas
De um passado, às venturas de um presente.
É um simulacro só, que as águas donas
D’esta região não seguem o curso adverso,
Todas convergem para o Amazonas,
O real rei dos rios do Universo;
Para o velho Amazonas, Soberano
                                                                          Que, no solo brasílio, tem o Paço;
Para o Amazonas, que nasceu humano,
Porque afinal é filho de um abraço!
Olha esta água, que é negra como tinta.

Posta nas mãos, é alva que faz gosto;
Dá por visto o nanquim com que se pinta,
Nos olhos, a paisagem de um desgosto.
Aquela outra parece amarelaça,
Muito, no entanto é também limpa, engana:
É direito a virtude quando passa
Pela flexível porta da choupana.
Que profundeza extraordinária, imensa,
Que profundeza, mais que desconforme!
Este navio é uma estrela, suspensa
Neste céu d’água, brutalmente enorme.
Se estes dois rios fôssemos, Maria,
Todas as vezes que nos encontramos,
Que Amazonas de amor não sairia
De mim, de ti, de nós que nos amamos!…

Poeta Quintino Cunha/Foto Glauber no Link Mochileiros

Amazônia em supense: MPF pedirá amanhã o cancelamento da licança da Hidrelétrica de Belo Monte

Depois de meses de análises, a Procuradoria Federal da república anuncia que pedirá cancelamento da Licença Ambiental da UHE Belo Monte amanhã em Altamira. Alegam simplesmente desrespeito as leis. Específicamente, à Constituição Federal, ás leis ambientais e ás resoluções do Conselho Nacional de Meio Ambiente. Atestam que há um celeridade nefasta na condução do processo para garantir a venda da energia ainda este ano. Informam que vão notificar judicialmente, na tramitação da ação, os agentes  que poderam ser responsabilizados por dano ambiental,  caso o empreendimento seja implantado da forma que está posto. São eles: O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Construtora Norberto Odebrecht S.A., a Construções e Comércio Camargo Corrêa S/A, a Andrade Gutierrez S/A, a Companhia Vale do Rio Doce, J. Malucelli Seguradora S/A, a Fator Seguradora S/A, a UBF Seguros S/A. Procuradores citam pareceres de técnicos do próprio Ibama: se for construída do jeito que está, usina pode secar 100 km de rio e comprometer a água e o alimento das populações.

Veja o Comunicado do MPF na íntegra.

Amazônia enquadrada: em Rôndonia o MPF pressiona autoridades e empresários a regularizarem o abate de carne na cidade de Costa Marques

A questão da cadeia da carne na Amazonia não é apenas uma questão ambiental, já que provoca 80% do desmatamento na região, segundo IBGE. É também uma questão de saúde pública visto que o abate e venda de carne e subprodutos é feita nmaioria das vezes sem as mínimas condições sanitárias, expondo a população a possibilidade de contaminação diversas. Por isso, é lovável o papel do Ministério Público uma vez que as leis existem e são claras. Mas a população não cobra qualidade, termina comprando a carne pelo preço, desconsiderando os riscos que correm. Os empresários mais preocupados com o lucro obviamente, vão empurrando com a barriga o fato de quem devem realizar o abate e venda dentro das normas técnicas e as autoridades locais, fazem vista grossa, tão grossa que não vem nem mesmo o risco que correm que é de serem responsabilizados pela não fiscalização. Isso não ocorre apenas em Rôndonia, no Pará, recentemente foram fechados dezenas de matadouros. As coisas caminham... lentamente. Mas Costa Marques, dá uma boa lição. O município tem aproximadamente 15.000 habitantes apenas. Já que tem muito gado na Amazônia, que a carne seja de qualidade, também sanitária. Ora bolas, o mundo come carne certificada da Amazônia (como na foto ao lado) e o amazônida come carne passível de contaminação ?

O que acordado em Rodôndia...no

Amazônia monitorada ?

Para quem não se lembra mais. Há seis meses, os três principais frigoríficos do País - JBS Friboi, Marfrig e Minerva assinaram com o Greenpeace compromisso público de não aceitar gado de fornecedores envolvidos com o desmatamento da Amazônia. Bem, alguns incrédulos diriam, mas com o GREENPEACE ? È isso mesmo. Se eles não cumprem o acordado a organização faz o maior "escândalo" com campanhas junto aos consumidores de carne nos países ricos. Lembre-se isto, ocorreu depois de uma grande ação do MPF do Pará e de investigação do próprio Greenpeace que mostrou as conexões reais entre as áreas desmatadas, as empresas compradoras de gado, carne e couro e as vendedoras e revendedoras de produtos originados com tais matérias primas no Brasil e no Mundo.


Segundo o Greenpeace,  as empresas apresentaram resultados menores do que o acordado, mas pediram mais três meses para cumprir parte do prometido inicialmente. Com os dados recolhidos pelas empresas ainda não é possível realizar o monitoramento das fazendas fornecedoras de boi gordo e, como consequência, garantir que as indústrias não estão comprando matéria-prima de áreas desmatadas. Uma questão aparentemente técnica, visto que o cadastro apresenta apenas um ponto de localização. Um ponto não permite precisar a área total das propriedades e,  consequentemente, se estão desmatando ou não. Por outro lado, não há monitoramento de 100% dos fornecedores por nenhum dos grandes exportadores.
A  questão fundiária é um dos grandes desafios deste caso. Não é possível determinar exatamente quem é dono de quais áreas.   As grandes empresas de produção de carne, couro e derivados ligadas aos mercados mais exigentes quanto a qualidade sócio-ambiental fazem um esforço significativo (pelo bem geral de seus lucros). Isto pode trazer impactos positivos para a regularização fundiária no Pará e na Amazônia -  mesmo porque o Minsitério Público Federal move ações contra os desmatadores ilegais atualmente e ameaça co-responsabilizar as empresas compradoras. Ou seja, é culpado quem desmata e quem compra produto das áreas desmatadas. Mas ainda existem muitas resistências. E o próprio MPF relativiza prazos para tentar avançar na questão e possibilitar que os fazendeiros de gado regularizem-se. O Governo do Pará, por exemplo, tenta emplacar o Cadastro Ambiental Rural para identificar os proprietários das fazendas e monitorar como estão usando suas áreas. Mas o Programa avança muito lentamente, os produtores recusam-se a fazer o cadastro. Foram cadastradas 18.545 propriedades, de um total de 185.759 (IBGE), sendo mais de 100.000 com gado bovino, segundo a Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará).   Então como monitorar ? Como convencer a deixar-se monitorar ?

Mas tem uma questão simples nesta história que parece conversa para boi dormir, (com trocadilho e tudo) os firgoríficos conhecem seus compradores. Mesmo que só tenham o tal "ponto de curral" (localação do curral). O cadastro que possibilita monitorar, exatamente, qual é o tamanho das áreas é feito em MEIA HORA e o melhor técnico cobra 3.000 reais para grandes áreas, quando não há coordenadas das propriedades -  o que é muito dificil já que todo "proprietário" tem sua planta. Em muitos casos, independente do tamanho da área, o tal CAR não sai por mais de 1.000 reais, pechichando nem se fala. Bem. È isso.

Foto Carmen Américo

Com informações Estadão, MPF-PA, SEMA-PA

Reproduzindo informativo do Governo do Pará sobre o CARno

Amazônia a venda (para empreendedores sérios) Será Sumano ?

O governo federal abrirá licitação em junho.para a exploração de uma grande área de Floresta Amazônica nas imediações da rodovia BR-163, no Pará. A concessão prevê o manejo da Floresta Nacional de Amana e permitirá a utilização de 364 mil hectares, o equivalente a 60% da área, que tem 560 mil hectares. A licitação faz parte da Lei de Gestão de Florestas Públicas (N.º11.284/2006), iniciativa do governo para tentar conter o desmatamento ilegal na Amazônia. A lei prevê a possibilidade de empresas ou cooperativas explorarem os recursos madeireiros de florestas públicas por meio de um plano de manejo. A primeira floresta que já passou por licitação é a do Jamari, em Rondônia.

Amazônia sob suspeita: Belo Monte é Investigada

È o MPF-PA  analisa licença ambiental de Belo Monte.  A observância aos princípios legais foi o ponto de partida para a análise inicial do MPF e parte das conclusões da análise será divulgada hoje.
A licença, concedida pelo Ibama no dia 1º de fevereiro, é regida pela Constituição Federal. A análise já consumiu dois meses de esforços de seis procuradores em Altamira, Belém e Brasília. A equipe foi formada pelos procuradores da República responsáveis pela fiscalização do empreendimento em Altamira, Bruno Gustchow e Cláudio Terre do
Amaral; e pelos procuradores que acompanham o projeto de Belo Monte há vários anos, Ubiratan Cazetta, Felício Pontes Jr, Daniel Azeredo Avelino e Rodrigo Timóteo Costa e Silva.

Vamos aguardar. mas lembre-se: Se eles não encontrarem nada de errado, lembremos que o leilão está mantido para o dia 20/04/2010, a despeito do relatório preparado por ambientalistas e lideranças indígenas, com denúncias contra a instalação da hidrelétrica que será entregue a Comissão de Direitos Humanos da Câmara, recomenda a suspensão imediata do leilão e a anulação da licença prévia.

Com informações Ascom/ MP e Diário do Pará (07/04/2010).


Amazônia em Chamas

O fogo é para pleitear a posse da terra para revendê-la, enquanto exploram a madeira existente na Gleba Curumucuri em Juruti (PA). A Sema (PA) foi chamada para combater os desmatadores ilegais. "Durante a fiscalização foi constatado que o desmatamento na gleba está bem avançado. De acordo com técnicos da Sema, há indícios da retirada das árvores desde abril de 2009, e a extração ilegal da madeira permanece ativa, Sema (Pa). A denúncia indica ainda que os responsáveis pela atuação ilegal têm ameaçado e expulsado os moradores da área.



Entre as maiores preocupações dos residentes dessa área está a possibilidade de serem expulsos de suas terras, já que a Gleba de Curumucuri ainda passa pelo ordenamento territorial.

 Mas a origem do impacto vem da MINERAÇÃO, do mega empreendimento instalado no município como especulam os moradores da área. Em tempos de Belo Monte, cabe sempre uma reflexão.

Os grandes empreendimentos ambientais na Amazônia, nem de longe são espelho daqueles de outrora como a UHE- Tucuruí (PA) ou UHE Balbina (AM). Visto que as leis avançaram, o contexto político é outro e é marcado pela maior participação da sociedade civil nos processos. A despeito, é claro, do fato de que estaremos sempre falando de grupos com poder (mesmo com intenção) de participação diferentes por conta dos recursos econômicos, dos capitais, diria o francês Bourdieu, que cada um tem acesso. Pois bem. È diferente. Mas um grande problema muito grave é a dificuldade de se estabelecer os tais indicadores de impacto.


Hoje as comunidades locais tradicionais (nem tanto, nem todas) vivem sob pressão dos novos agentes ( nem tão novos) e a floresta sofre primeiro, o impacto. Se todas as licenças foram concedidas dentro da LEI AMBIENTAL, se foram aprovados os Planos de Controle Ambiental, o que ocorre agora na Gleba Curumucuri? E se a Associação das Comunidades da Região de Juruti não tivesse apresentado a denúncia. È muito fávil implantar um empreendimento e prever seus impactos DIRETOS, hoje o grande debate deve concentrar-se nos impactos indiretos e na construção de indicadores destes impactos. A Sema (Pa) está agindo, as comunidades denunciando, a ciência precisa se posicionar.

terça-feira, 6 de abril de 2010

A Amazônia não conhece a Amazônia

Achei muito significativa a notícia do agenda de eventos do  projeto  Saber da Fonte que leva ao público , durante um mês, pesquisas sobre a cultura amazônica. Mostra que a visão da realidade é sempre limitada e fragmentária. Deve nos fazr lembrar que, muitas vezes, e sobre muitas coisas, nós mal conhecemos "um palmo a frente do nariz". Muitos indagariam espantados:  para  que informar sobre cultura amazônica para amazônidas? Eu arrisco uma resposta. Porque não nos conhecemos de fato. Oferecer uma visão de totalidade das coisas, mesmo que sempre questionável e imcompleta, é função dos estudiosos, da ciência. E a todos nós, cabe a função de buscar ou divulgar o saber. Um povo que não conhece sua história e sua identidade não pode pensar um futuro comum.

O projeto - O universo cultural da Amazônia inspira inúmeros estudos e pesquisas acadêmicas, registros que desvelam patrimônios inestimáveis e plenos de sentido, cuja divulgação e apropriação pela sociedade é imprescindível. O Saber da Fonte constitui um espaço de sucessivos diálogos culturais consagrados às culturas populares e identidades culturais amazônicas, com o compromisso da partilha dessas preciosas descobertas.

"O paraense precisa conhecer para gostar e valorizar o que é seu. Nesse sentido, o projeto foi criado para trazer à sociedade informações que geralmente ficam limitadas ao meio acadêmico", explica Júnior Soares, gerente geral de Artes Literárias e de Expressão de Identidade do IAP.

Além de buscar a integração entre a comunidade acadêmica e a sociedade para socializar o conhecimento científico, o Saber da Fonte prevê a publicação das pesquisas produzidas pelos pesquisadores. A primeira etapa do projeto vai até junho, a segunda será realizada entre os meses de agosto e setembro.

Veja a propramação do evento no link da Agência Pará (Com informações )

Povos indígenas crescem mais que a média nacional

Há três anos no comando da Fundação Nacional do Índio, Funai, o paraense Márcio Augusto Freitas de Meira está à frente daquele que é considerado um dos pontos nevrálgicos do Governo Lula: a condução da política indigenista brasileira mais se assemelha a um barril de pólvora sempre prestes a explodir. Para muitos, com sua serenidade e conhecimento de causa, o antropólogo conduz uma das mais reconhecidas políticas indigenistas do mundo.

O modelo indigenista do Brasil é hoje copiado em vários países: sua população, que vive quase em sua totalidade (98%) na floresta amazônica, chama a atenção mundial. O atual Censo Demográfico do IBGE deve apontar uma população de mais de um milhão de índios distribuídos por todo o país. No Censo de 2000, esta população era de 750 mil índios. Segundo Meira, o crescimento entre os índios brasileiros é cinco vezes maior que na população geral do País. “Estamos em um período de queda da mortalidade e aumento da população”, revela. Confira entrevista cedida ao Jornal DIÁRIO do Pará.
Local: Belém – PA
Fonte: Diário do Pará
Link: http://www.diariodopara.com.br/

Mais indústrias na Amazônia: também vai ter indústria no Moju

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Mais indústrias na Amazônia: Marabá

O Pará vai receber investimento pesado até 2014, serão ilhões de reais serão investidos para mudar o sul e sudeste do Pará. Na cidade de Marabá, será implantada a siderúrgica Aços Laminados do Pará (Alpa). É muito dinheiro, são muitos objetos espaciais novos, uma nova dinâmica se instala na cidade e seu entorno. Mas será que a cidade está preparada para tanta mudança ? Será que a cidade possui equipamentos e serviços públicos para comportar a nova dinâmica que se instalará ?
Eis a grande questão.

Alpa - A partir da licença prévia, a expectativa da Vale S.A. é iniciar os serviços de terraplanagem no mês de junho e as demais etapas da obras, em outubro. O empreendimento compreende a instalação de um sistema totalmente integrado a partir da construção de uma siderúrgica para produzir aços laminados e placas, a construção de um acesso ferroviário para receber o minério de ferro de Carajás, a construção de um terminal fluvial para receber o carvão mineral e fazer o escoamento da produção siderúrgica até o terminal de Vila do Conde, em Barcarena.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Boas Fábricas da Floresta - Os móveis do Acre

No Acre o Governo incentiva a produção certificada de móveis  com a criação do Polo Moveleiro em Rio Branco.  Inaugurado em 2004, tem o papel de incentivar o uso sustentável dos recursos florestais, oferecendo às empresas locais toda a infraestrutura necessária para o completo desenvolvimento dos produtos. Estão à disposição das empresas um núcleo de design, marcenaria para prototipagem, equipamentos para acabamento, estufas de secagem de madeiras e uma sala de treinamento. Atualmente, uma rede nacional, a Casa & Construção vai colocar os produtos no mercado brasileiro. A produção do pólo moveleiro conquistou rigosoras certificações e mostra que a sustentabilidade não é incompatível com o mercado. Atualmente, o pólo lança nova linha e amplia seu portifólio de produtos. Nada de madeira bruta e ilegal saindo da Amazônia para mercados nacionais e interncionais. A indústria pode ser na Amazônia e operar de madeira legal e sustentável.

Imagem reproduzida do Portal do Pólo Moveleiro.

quarta-feira, 31 de março de 2010

Pecuária e Amazônia


A Amazônia: boi ou florzinhas?


O Acadêmico Luiz Hildebrando Pereira da Silva, 80 anos, diretor do Instituto de Pesquisas em Patologias Tropicais de Rondônia, publicou interessante artigo na revista Nosso Caminho, de Oscar Niemeyer.  Ele faz breve reflexão sobre a baixa rentabilidade da pecuária bovina na Amazônia para concluir que ela é até 100 vezes menos rentável que outras atividades como a plantação de flores. Bem, para quem não sabe a Amazônia tem 3 vezes mais cabeças de gado bovino que pessoas e 80% das áreas de florestas derrubadas são convertidas em pastagens. Curta o artigo no mais informações. È esclarecedor e muito leve.



O velho guerreiro rendeu-se ?

Humanidade não pode salvar o planeta, afirma criador da Teoria de Gaia.


Para James Lovelock, puxamos um 'gatilho' ao iniciar aquecimento, mas não sabemos qual será o desfecho. Mudar os hábitos para tentar salvar o planeta é "uma bobagem", na opinião de um dos mais conceituados especialistas em meio ambiente no mundo, o britânico James Lovelock, para quem a Terra, se for salva, será salva por ela mesma.

"Tentar salvar o planeta é bobagem, porque não podemos fazer isso. Se for salva, a Terra vai se salvar sozinha, que é o que sempre fez. A coisa mais sensível a se fazer é aproveitar a vida enquanto podemos", afirmou Lovelock em entrevista à BBC.


As fábricas da floresta: o Pará ganha sua primeira fábrica de Cacau em Medicilândia.

Fotos : reprodução do For Life
 Medicilândia, município localizado na região da   Transamazônica, comportará a primeira fábrica de chocolate da Amazônia. O empreendimento já construído será agora equipado para funcionar a partir de setembro próximo deste ano. Em equipamentos serão investidos R$ 1 milhão, via convênio celebrado entre a Secretaria de Agricultura do Estado (Sagri) e a Fundação Viver Produzir Preservar (FVPP), proponente do projeto.Os recursos são provenientes do Fundo de Amparo à Cacauicultura (Funcacau), criado pela governadora Ana Júlia Carepa em 2008. A agroindústria tem capacidade para processar até 100 quilos de amêndoas por hora.  As amêndoas da Transamazônica servem ao requintado mercado europeu; uma fábrica da Áustria processa o produto e transforma em chocolates finos.
Entenda melhor

terça-feira, 30 de março de 2010

Amazônia - BNDES negocia com 12 países doações para Fundo da Amazônia

         O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) iniciou há cerca de três semanas conversas com 12 países para futuras doações ao Fundo da Amazônia, criado em agosto de 2008. O BNDES é gestor do fundo, que conta atualmente com uma carteira de cerca de 50 projetos, dos quais cinco já foram aprovados e oito estão em fase de análise final. A informação dia 26 de março pelo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, e por integrantes da equipe da área de meio ambiente do BNDES, no Rio, durante o lançamento do livro Amazônia em Debate: Oportunidades, Desafios e Soluções. Os nomes dos países não foram divulgados. "A ideia é não constrangê-los. Os países é que deverão anunciar a doação", disse o ministro. Na ocasião, ele adiantou que uma das negociações já está bem avançada.
 
Reprodução Fundo Amazônia

Amazônia e Negócios Verdes

Veja no  site do jornal rebate um resumo do Fórum de Sustentabilidade em Manaus.

As maiores empresas do mundo patrocinam o evento realizado por empresários, que teve apoio do governo do estado e participação de cientistas, ambientalistas, cineastas do mais "alto" calibre, o agraciado com o prêmio Nobel da Paz, e outras personalidades.

Amazônia.....

Amazônia: no epicentro da questão ambiental global (Mark London eThomas Lovejoy )

IPAM destaca, no link , a posição de Thomas Lovejoy um dos mais respeitados especialistas em biodiversidade e presidente do Centro Heinz de Ciências, Economia e Meio Ambiente, durante o Fórum Internacional de Sustentabilidade, evento promovido pelo LIDE - Grupo de Líderes Empresariais - em Manaus entre os dias 26 e 27 de Março de 2010. O cientista defende, na ocasião, um "esforço planetário" para restaurar os ecossistemas do mundo, em particular os da floresta amazônica.

quinta-feira, 25 de março de 2010

A taxa líquida de perda de florestas no mundo reduz, Brasil e China são protanistas do processo, diz BBC.

            Forest loss slows, as China plants and Brazil preserves,  este é o título em inglês de  artigo da BBC News baseado em relatório da FAO (Nações Unidas) onde pela primeira vez é atestada a redução global de perda de florestas, a despeito das taxas ainda alarmantes.Como fatores impulsionadores do processo são destacados os esfoços políticos para conservação e preservação que no Brasil tem como um dos apoiadores o próprio presidente da répública.  O artigo parece deslizar quando aponta a redução da exploração madeireira como fator para redução no Brasil, simplificando o processo. Destaca-se, NO LEIA MAIS, os principais pontos do artigo:

 Foto:  Reprodução     

Nuvens e Taxas de Desflorestamento Na Amazônia

Guerra das métricas. Nesta Guerra, a métrica não é técnica,  é também instrumento político.
E as nuvens que impedem a vizualização da região ?
Ha! As nuvens... um capítulo a parte nesta guerra de taxas e índices.
Reprodução de http://theamazonforest.blogspot.com/

Estou voltando a ativa.

Despois de longo e tenebroso verão, volto a postar.

Meu post sobre as características gerais da Amazônia ainda será postergado.

Mas um dia sai.

Amazonia

Amazônidas: pequeno kaiapó

Amazônidas: pequeno kaiapó
Altamira-Pará Foto Carmen Américo