sexta-feira, 9 de abril de 2010

Amazônia - seja pelos desmatamento total, seja pela mata da Pirelli, a questão ambiental está sempre no "prato do dia"

Em sete de Abril de 2010, a rede blogueira de Belém (PA) disparou alertas contra a destruição da mata da Pirelli -  uma reação contra empreendimento (conjunto residencial) do Governo do Pará, a ser executado pela Companhia de Habitação(COHAB) em Marituba (PA). Um debate que não permite conclusões apressadas.

Segundo seus opositores o empreendimento colocaria em riscos o patriomônio natural da área e também levaria a maior pressão sobre a área de populações tradicionais, neste caso, a comunidade quilobola Abacatal.
Parlamentares e o Ministério Público mobilizam-se. O MPF,  para investigar o processo e não concluiu o procedimento ainda. Os parlamentares liderados por Arnaldo Jordy (PPS)  manifestam-se, com estandartes ambientalistas em riste, contra o desmatamento de 11,4% da área ou exatos 940,45 hectares autorizado pela governadora. Bem, não só contra o desmatamento, mas suas consequências diretas e indiretas que vão desde o impacto à flora até aqueles sobre questão fundiária envolvendo os quilombolas do lugar, e ainda sobre sítio arqueológico existente nas imediações. Dia 07/04/2010 foi o fatídico dia da publicação da autorização para a "supressão florestal".

Em  01/04/2010, a Sema-Pa divulgou a notícia de Criação do Refúgio de Vida Silvestre Metrópole da Amazônia - uma unidade de conservação com 6.367,27 ha, está localizada ás margens do Rio Guamá em Marituba. Informava que se trataria  de unidade que  "proporcionará condições ambientais para a existência ou reprodução de espécies de fauna e flora. Destacando ainda que a área abrigaria o Centro de Endemismo de Belém a ser construído no local para proteger espécies ameaçadas de extinção. E ainda, que "o espaço será aberto a visitações para incentivar o turismo ecológico, pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação ambiental".

Decorre que a área original da antiga Fazenda Pirelli, agora chamada de Fazenda Guamá é de 7,3 mil hectares. È sobre os 10% restantes que serão desmatados  que paira a discórdia. Nestes dois projetos seriam desenvolvidos pelo Governo do Pará com recursos do Ministério das Cidades.

"No primeiro, o investimento total seria de R$ 176,5 milhões e visa atender de 4 a 9 mil famílias com moradia, gerando 10.700 empregos diretos e 21.400 empregos indiretos. Já o segundo prevê investimentos da ordem de aproximadamente R$ 250 milhões, no qual seriam construídos 15 mil unidades residenciais, empregando diretamente 15.150 trabalhadores e outros 30.300 indiretamente. Os recursos serão oriundos de repasse do Ministério das Cidades e contrapartida do governo do Pará.


"Planejamos uma ocupação gradativa, ordenada, feita com responsabilidade, sem deixar de levar em consideração o entorno da área, minimizando os impactos ambientais que, por ventura, venham a ocorrer em decorrência do projeto", garantiu o representante do governo no Agência Pará.

Bem, o conflito está posto. Governo Estadual e Federal, empreiteiras, clientes dos programas de habitação popular, moradores locais a favor, moradores locais contra, quilombolas, parlamentares da oposição, ambientalistas, comunistas, jornalistas, blogueiros, Ministério Público Federal...

Hiiih !!!! ainda é ano eleitoral!!!

Um empreendimento grande, quase meio bilhão de reais no total, ao lado de uma unidade de conservação. Será que "rola" mesmo ?

Muita gente tá achando que não.

Veja mais no blog da francinete, espaço aberto, no tipo assim ...
Foto Sema-Pa Divulgação, Reorodução (O grito)

Amazônia é prioridade para o Governo. Ops! Belo Monte é prioridade

Lula garante que governo tem 'cacife' para construir usina Belo Monte. Diz isto por conta da desistência das empresas na participação do leilão. A Reuters noticía.
De acordo com o presidente, quem acredita que o governo não tem "cacife" para isso está enganado.

"Vamos fazer o leilão. Esperamos que tenha três, quatro, cinco ou mais grupos. Uma coisa as pessoas podem ficar certas, vamos fazer Belo Monte. Isso é importante ficar claro em alto e bom som: vamos fazer Belo Monte", afirmou.
imagem: Reprodução Agência Brasil

Amazônia em Guerra: agora o Governo Federal Levanta seus tacapes.

Manifestação Movimento Xingu Vivo  ALTAMIRA(PA)  -   Foto: Carmen Américo (2008

Em fevereiro, a AGU chegou a ameaçar procuradores do ministério público que ingressassem com novas ações contra a hidrelétrica. Na época, o MPF reagiu e disse que os procuradores não se intimidariam.
Em Brasília, a A Advocacia-Geral da União (AGU) vai recorrer de duas ações ajuizadas na quinta-feira (08/04) pelo Ministério Público Federal (MPF) em Altamira contra o licenciamento da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu (PA).
Nas ações, o MPF argumenta que houve desrespeito à Constituição e violações à legislação ambiental, que, segundo os procuradores, foram provocadas pela pressa em conceder licença para a construção da usina e por falta de dados científicos conclusivos.

Além do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) – responsável pela licença – a AGU defenderá a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a Agência Nacional de Águas (ANA), a Eletrobras e a União, também citadas na ação. A AGU vai aguardar a notificação oficial da Justiça, o que deve acontecer nos próximos dias, para analisar os processos e formular a argumentação de defesa, informou a sua assessoria, segundo a AGÊNCIA BRASIL.

Uma decisão liminar da Justiça sobre as ações pode sair antes da data marcada para o leilão da usina, dia 20 de abril, e frustrar as expectativas do governo de levar o projeto adiante. Além do MPF, movimentos sociais, ambientalistas e indígenas questionam a construção de Belo Monte. A usina, que poderá gerar até 11 mil megawatts/hora é o maior empreendimento energético do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), lê-se no site da Agência Brasil. Os moviemntos contrários a construção argumentam que tal potencial é pulha.

Com informações da Agência Brasil

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Amazônia: a guerra por Belo Monte


imagem: MPF
Governo reage a intenção de minstério público e ameaça também processá-los por abuso de perrogativas e improbidade administrativa por estarar descumprindo norma da Advocacia-Geral da União (AGU). O ministro de minas e energia Márcio Zimmermann diz ao Jornal Estadão que tem convicção de que o processo de licenciamento foi feito corretamente. Guerra Aberta entre os agentes a favor e contra a construção da Usina. O leilão para venda da energia está marcado para o dia 20 de Abril.
 

Amazônia faz as contas do desmatamento


A floresta amazônica perdeu 208,2 km² nos meses de janeiro e fevereiro, segundo os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) através do programa Deter, nesta quinta-feira, 08 de Abril.

Em janeiro, em toda a região, foram detectados 23 km² de desmatamento, e em fevereiro 185 km². Números menores que do ano passado para os mesmos meses. Vale notar que em janeiro apenas a 31% da Amazônia pode ser observada livre de nuvens e em fevereiro, 43%. Isto talvez explique a pequena área de desmatamento no Pará que estava com 96 por cento do território coberto por nuvens e que tem sempre papel destacado no ranquing dos estados com maior perda de floresta, não menos que no Amapá (99%). segundo a Agencia Brasil a ministra do meio ambiente vai apresentar os dados hoje ás 15 horas, e vai comentar a redução em relação o mesmo período do ano passado, quando foram encontrados 222 km² e 143 km², respectivamente.O Deter envia a cada 15 dias informações para as equipes de fiscalização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e isto permite a fiscalização.

Foto ilustativa de 2005 (IBAMA)

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Amazônia muito cara : Odebrecht e Camargo Corrêa desistem da usina de Belo Monte

Não, não tem nada a ver com a divulgação pelo MPF-PA de que vai pedir o cancelamento da Licença e do Leilão da UHE Belo Monte, hoje a tarde.  Está relacionado ás condições do edital divulgado pela Agência Nacional de Energia Élétrica (Aneel). O que será que elas viram neste tal edital ? Veja no site da agência. A Folha Online diz que isto prejudicaria o tal ambiente de competição esperado em torno do evento.

Amazônia Protegida: Encontro das Aguas no Amazonas é tomada como patrimônio natural

Depois de muitas idas e vindas. Depois de forte mobilização de ambientalistas, comunidades e cientistas. Depois de um grande abaixo assinado, conflitos e tensões.... A Fustiça Federal "determinou o tombamento provisório do Encontro das Águas" em Manaus (AM).

Não, não. Não é o tombamento da música do Jorge Vercilo e nem do poema do Quintino Cunha (veja abaixo).

È um fenômeno que acontece na confluência entre o rio Negro, (de água negra) e o rio Solimões, (de água barrenta). Ao encontrarem-se para formar o Amazonas, estas águas correm lado a lado sem se misturar por uma extensão de mais de 6 km. Um processo físico-químico que garante grande beleza cênica ao lugar.
Isto, ajuda justificar a determinação judicial que vai  além da área do encontro, obviamente.

Trata-se de "patrimônio de relevância paisagística, ecológica, arqueológica, paleontológico, turística, científica e cultural". Ou seja, de um PATRIMÔNIO NATURAL e,  por via de consequência, a suspensão imediata do licenciamento ambiental do empreendimento denominado Porto das Lajes. A decisão liminar foi dada pela juíza da 3ª Vara Federal, Maria Lúcia Gomes de Souza, no curso da ação civil pública de autoria do MPF/AM, iniciada há cerca de um mês", informa o MPF(AM).

Por conta destas decisões, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) deverá declarar o tombamento provisório para impedir que seu tombamento definito se torne inócuo. A empresa Lajes Logística S/A está impedida de realizar quaisquer atos relativos tanto ao processo de licenciamento ou de divulgação do empreendimento.
Com informações no site MPF/AM.
Em volte para apreciar o encontro.
O Encontro das Àguas
Vê bem, Maria aqui se cruzam: este
É o Rio Negro, aquele é o Solimões.
Vê bem como este contra aquele investe,
como as saudades com as recordações.
Vê como se separam duas águas,
Que se querem reunir, mas visualmente;
É um coração que quer reunir as mágoas
De um passado, às venturas de um presente.
É um simulacro só, que as águas donas
D’esta região não seguem o curso adverso,
Todas convergem para o Amazonas,
O real rei dos rios do Universo;
Para o velho Amazonas, Soberano
                                                                          Que, no solo brasílio, tem o Paço;
Para o Amazonas, que nasceu humano,
Porque afinal é filho de um abraço!
Olha esta água, que é negra como tinta.

Posta nas mãos, é alva que faz gosto;
Dá por visto o nanquim com que se pinta,
Nos olhos, a paisagem de um desgosto.
Aquela outra parece amarelaça,
Muito, no entanto é também limpa, engana:
É direito a virtude quando passa
Pela flexível porta da choupana.
Que profundeza extraordinária, imensa,
Que profundeza, mais que desconforme!
Este navio é uma estrela, suspensa
Neste céu d’água, brutalmente enorme.
Se estes dois rios fôssemos, Maria,
Todas as vezes que nos encontramos,
Que Amazonas de amor não sairia
De mim, de ti, de nós que nos amamos!…

Poeta Quintino Cunha/Foto Glauber no Link Mochileiros

Amazônia em supense: MPF pedirá amanhã o cancelamento da licança da Hidrelétrica de Belo Monte

Depois de meses de análises, a Procuradoria Federal da república anuncia que pedirá cancelamento da Licença Ambiental da UHE Belo Monte amanhã em Altamira. Alegam simplesmente desrespeito as leis. Específicamente, à Constituição Federal, ás leis ambientais e ás resoluções do Conselho Nacional de Meio Ambiente. Atestam que há um celeridade nefasta na condução do processo para garantir a venda da energia ainda este ano. Informam que vão notificar judicialmente, na tramitação da ação, os agentes  que poderam ser responsabilizados por dano ambiental,  caso o empreendimento seja implantado da forma que está posto. São eles: O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Construtora Norberto Odebrecht S.A., a Construções e Comércio Camargo Corrêa S/A, a Andrade Gutierrez S/A, a Companhia Vale do Rio Doce, J. Malucelli Seguradora S/A, a Fator Seguradora S/A, a UBF Seguros S/A. Procuradores citam pareceres de técnicos do próprio Ibama: se for construída do jeito que está, usina pode secar 100 km de rio e comprometer a água e o alimento das populações.

Veja o Comunicado do MPF na íntegra.

Amazônia enquadrada: em Rôndonia o MPF pressiona autoridades e empresários a regularizarem o abate de carne na cidade de Costa Marques

A questão da cadeia da carne na Amazonia não é apenas uma questão ambiental, já que provoca 80% do desmatamento na região, segundo IBGE. É também uma questão de saúde pública visto que o abate e venda de carne e subprodutos é feita nmaioria das vezes sem as mínimas condições sanitárias, expondo a população a possibilidade de contaminação diversas. Por isso, é lovável o papel do Ministério Público uma vez que as leis existem e são claras. Mas a população não cobra qualidade, termina comprando a carne pelo preço, desconsiderando os riscos que correm. Os empresários mais preocupados com o lucro obviamente, vão empurrando com a barriga o fato de quem devem realizar o abate e venda dentro das normas técnicas e as autoridades locais, fazem vista grossa, tão grossa que não vem nem mesmo o risco que correm que é de serem responsabilizados pela não fiscalização. Isso não ocorre apenas em Rôndonia, no Pará, recentemente foram fechados dezenas de matadouros. As coisas caminham... lentamente. Mas Costa Marques, dá uma boa lição. O município tem aproximadamente 15.000 habitantes apenas. Já que tem muito gado na Amazônia, que a carne seja de qualidade, também sanitária. Ora bolas, o mundo come carne certificada da Amazônia (como na foto ao lado) e o amazônida come carne passível de contaminação ?

O que acordado em Rodôndia...no

Amazônia monitorada ?

Para quem não se lembra mais. Há seis meses, os três principais frigoríficos do País - JBS Friboi, Marfrig e Minerva assinaram com o Greenpeace compromisso público de não aceitar gado de fornecedores envolvidos com o desmatamento da Amazônia. Bem, alguns incrédulos diriam, mas com o GREENPEACE ? È isso mesmo. Se eles não cumprem o acordado a organização faz o maior "escândalo" com campanhas junto aos consumidores de carne nos países ricos. Lembre-se isto, ocorreu depois de uma grande ação do MPF do Pará e de investigação do próprio Greenpeace que mostrou as conexões reais entre as áreas desmatadas, as empresas compradoras de gado, carne e couro e as vendedoras e revendedoras de produtos originados com tais matérias primas no Brasil e no Mundo.


Segundo o Greenpeace,  as empresas apresentaram resultados menores do que o acordado, mas pediram mais três meses para cumprir parte do prometido inicialmente. Com os dados recolhidos pelas empresas ainda não é possível realizar o monitoramento das fazendas fornecedoras de boi gordo e, como consequência, garantir que as indústrias não estão comprando matéria-prima de áreas desmatadas. Uma questão aparentemente técnica, visto que o cadastro apresenta apenas um ponto de localização. Um ponto não permite precisar a área total das propriedades e,  consequentemente, se estão desmatando ou não. Por outro lado, não há monitoramento de 100% dos fornecedores por nenhum dos grandes exportadores.
A  questão fundiária é um dos grandes desafios deste caso. Não é possível determinar exatamente quem é dono de quais áreas.   As grandes empresas de produção de carne, couro e derivados ligadas aos mercados mais exigentes quanto a qualidade sócio-ambiental fazem um esforço significativo (pelo bem geral de seus lucros). Isto pode trazer impactos positivos para a regularização fundiária no Pará e na Amazônia -  mesmo porque o Minsitério Público Federal move ações contra os desmatadores ilegais atualmente e ameaça co-responsabilizar as empresas compradoras. Ou seja, é culpado quem desmata e quem compra produto das áreas desmatadas. Mas ainda existem muitas resistências. E o próprio MPF relativiza prazos para tentar avançar na questão e possibilitar que os fazendeiros de gado regularizem-se. O Governo do Pará, por exemplo, tenta emplacar o Cadastro Ambiental Rural para identificar os proprietários das fazendas e monitorar como estão usando suas áreas. Mas o Programa avança muito lentamente, os produtores recusam-se a fazer o cadastro. Foram cadastradas 18.545 propriedades, de um total de 185.759 (IBGE), sendo mais de 100.000 com gado bovino, segundo a Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará).   Então como monitorar ? Como convencer a deixar-se monitorar ?

Mas tem uma questão simples nesta história que parece conversa para boi dormir, (com trocadilho e tudo) os firgoríficos conhecem seus compradores. Mesmo que só tenham o tal "ponto de curral" (localação do curral). O cadastro que possibilita monitorar, exatamente, qual é o tamanho das áreas é feito em MEIA HORA e o melhor técnico cobra 3.000 reais para grandes áreas, quando não há coordenadas das propriedades -  o que é muito dificil já que todo "proprietário" tem sua planta. Em muitos casos, independente do tamanho da área, o tal CAR não sai por mais de 1.000 reais, pechichando nem se fala. Bem. È isso.

Foto Carmen Américo

Com informações Estadão, MPF-PA, SEMA-PA

Reproduzindo informativo do Governo do Pará sobre o CARno

Amazônia a venda (para empreendedores sérios) Será Sumano ?

O governo federal abrirá licitação em junho.para a exploração de uma grande área de Floresta Amazônica nas imediações da rodovia BR-163, no Pará. A concessão prevê o manejo da Floresta Nacional de Amana e permitirá a utilização de 364 mil hectares, o equivalente a 60% da área, que tem 560 mil hectares. A licitação faz parte da Lei de Gestão de Florestas Públicas (N.º11.284/2006), iniciativa do governo para tentar conter o desmatamento ilegal na Amazônia. A lei prevê a possibilidade de empresas ou cooperativas explorarem os recursos madeireiros de florestas públicas por meio de um plano de manejo. A primeira floresta que já passou por licitação é a do Jamari, em Rondônia.

Amazônia sob suspeita: Belo Monte é Investigada

È o MPF-PA  analisa licença ambiental de Belo Monte.  A observância aos princípios legais foi o ponto de partida para a análise inicial do MPF e parte das conclusões da análise será divulgada hoje.
A licença, concedida pelo Ibama no dia 1º de fevereiro, é regida pela Constituição Federal. A análise já consumiu dois meses de esforços de seis procuradores em Altamira, Belém e Brasília. A equipe foi formada pelos procuradores da República responsáveis pela fiscalização do empreendimento em Altamira, Bruno Gustchow e Cláudio Terre do
Amaral; e pelos procuradores que acompanham o projeto de Belo Monte há vários anos, Ubiratan Cazetta, Felício Pontes Jr, Daniel Azeredo Avelino e Rodrigo Timóteo Costa e Silva.

Vamos aguardar. mas lembre-se: Se eles não encontrarem nada de errado, lembremos que o leilão está mantido para o dia 20/04/2010, a despeito do relatório preparado por ambientalistas e lideranças indígenas, com denúncias contra a instalação da hidrelétrica que será entregue a Comissão de Direitos Humanos da Câmara, recomenda a suspensão imediata do leilão e a anulação da licença prévia.

Com informações Ascom/ MP e Diário do Pará (07/04/2010).


Amazônia em Chamas

O fogo é para pleitear a posse da terra para revendê-la, enquanto exploram a madeira existente na Gleba Curumucuri em Juruti (PA). A Sema (PA) foi chamada para combater os desmatadores ilegais. "Durante a fiscalização foi constatado que o desmatamento na gleba está bem avançado. De acordo com técnicos da Sema, há indícios da retirada das árvores desde abril de 2009, e a extração ilegal da madeira permanece ativa, Sema (Pa). A denúncia indica ainda que os responsáveis pela atuação ilegal têm ameaçado e expulsado os moradores da área.



Entre as maiores preocupações dos residentes dessa área está a possibilidade de serem expulsos de suas terras, já que a Gleba de Curumucuri ainda passa pelo ordenamento territorial.

 Mas a origem do impacto vem da MINERAÇÃO, do mega empreendimento instalado no município como especulam os moradores da área. Em tempos de Belo Monte, cabe sempre uma reflexão.

Os grandes empreendimentos ambientais na Amazônia, nem de longe são espelho daqueles de outrora como a UHE- Tucuruí (PA) ou UHE Balbina (AM). Visto que as leis avançaram, o contexto político é outro e é marcado pela maior participação da sociedade civil nos processos. A despeito, é claro, do fato de que estaremos sempre falando de grupos com poder (mesmo com intenção) de participação diferentes por conta dos recursos econômicos, dos capitais, diria o francês Bourdieu, que cada um tem acesso. Pois bem. È diferente. Mas um grande problema muito grave é a dificuldade de se estabelecer os tais indicadores de impacto.


Hoje as comunidades locais tradicionais (nem tanto, nem todas) vivem sob pressão dos novos agentes ( nem tão novos) e a floresta sofre primeiro, o impacto. Se todas as licenças foram concedidas dentro da LEI AMBIENTAL, se foram aprovados os Planos de Controle Ambiental, o que ocorre agora na Gleba Curumucuri? E se a Associação das Comunidades da Região de Juruti não tivesse apresentado a denúncia. È muito fávil implantar um empreendimento e prever seus impactos DIRETOS, hoje o grande debate deve concentrar-se nos impactos indiretos e na construção de indicadores destes impactos. A Sema (Pa) está agindo, as comunidades denunciando, a ciência precisa se posicionar.

terça-feira, 6 de abril de 2010

A Amazônia não conhece a Amazônia

Achei muito significativa a notícia do agenda de eventos do  projeto  Saber da Fonte que leva ao público , durante um mês, pesquisas sobre a cultura amazônica. Mostra que a visão da realidade é sempre limitada e fragmentária. Deve nos fazr lembrar que, muitas vezes, e sobre muitas coisas, nós mal conhecemos "um palmo a frente do nariz". Muitos indagariam espantados:  para  que informar sobre cultura amazônica para amazônidas? Eu arrisco uma resposta. Porque não nos conhecemos de fato. Oferecer uma visão de totalidade das coisas, mesmo que sempre questionável e imcompleta, é função dos estudiosos, da ciência. E a todos nós, cabe a função de buscar ou divulgar o saber. Um povo que não conhece sua história e sua identidade não pode pensar um futuro comum.

O projeto - O universo cultural da Amazônia inspira inúmeros estudos e pesquisas acadêmicas, registros que desvelam patrimônios inestimáveis e plenos de sentido, cuja divulgação e apropriação pela sociedade é imprescindível. O Saber da Fonte constitui um espaço de sucessivos diálogos culturais consagrados às culturas populares e identidades culturais amazônicas, com o compromisso da partilha dessas preciosas descobertas.

"O paraense precisa conhecer para gostar e valorizar o que é seu. Nesse sentido, o projeto foi criado para trazer à sociedade informações que geralmente ficam limitadas ao meio acadêmico", explica Júnior Soares, gerente geral de Artes Literárias e de Expressão de Identidade do IAP.

Além de buscar a integração entre a comunidade acadêmica e a sociedade para socializar o conhecimento científico, o Saber da Fonte prevê a publicação das pesquisas produzidas pelos pesquisadores. A primeira etapa do projeto vai até junho, a segunda será realizada entre os meses de agosto e setembro.

Veja a propramação do evento no link da Agência Pará (Com informações )

Povos indígenas crescem mais que a média nacional

Há três anos no comando da Fundação Nacional do Índio, Funai, o paraense Márcio Augusto Freitas de Meira está à frente daquele que é considerado um dos pontos nevrálgicos do Governo Lula: a condução da política indigenista brasileira mais se assemelha a um barril de pólvora sempre prestes a explodir. Para muitos, com sua serenidade e conhecimento de causa, o antropólogo conduz uma das mais reconhecidas políticas indigenistas do mundo.

O modelo indigenista do Brasil é hoje copiado em vários países: sua população, que vive quase em sua totalidade (98%) na floresta amazônica, chama a atenção mundial. O atual Censo Demográfico do IBGE deve apontar uma população de mais de um milhão de índios distribuídos por todo o país. No Censo de 2000, esta população era de 750 mil índios. Segundo Meira, o crescimento entre os índios brasileiros é cinco vezes maior que na população geral do País. “Estamos em um período de queda da mortalidade e aumento da população”, revela. Confira entrevista cedida ao Jornal DIÁRIO do Pará.
Local: Belém – PA
Fonte: Diário do Pará
Link: http://www.diariodopara.com.br/

Mais indústrias na Amazônia: também vai ter indústria no Moju

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Mais indústrias na Amazônia: Marabá

O Pará vai receber investimento pesado até 2014, serão ilhões de reais serão investidos para mudar o sul e sudeste do Pará. Na cidade de Marabá, será implantada a siderúrgica Aços Laminados do Pará (Alpa). É muito dinheiro, são muitos objetos espaciais novos, uma nova dinâmica se instala na cidade e seu entorno. Mas será que a cidade está preparada para tanta mudança ? Será que a cidade possui equipamentos e serviços públicos para comportar a nova dinâmica que se instalará ?
Eis a grande questão.

Alpa - A partir da licença prévia, a expectativa da Vale S.A. é iniciar os serviços de terraplanagem no mês de junho e as demais etapas da obras, em outubro. O empreendimento compreende a instalação de um sistema totalmente integrado a partir da construção de uma siderúrgica para produzir aços laminados e placas, a construção de um acesso ferroviário para receber o minério de ferro de Carajás, a construção de um terminal fluvial para receber o carvão mineral e fazer o escoamento da produção siderúrgica até o terminal de Vila do Conde, em Barcarena.

Amazonia

Amazônidas: pequeno kaiapó

Amazônidas: pequeno kaiapó
Altamira-Pará Foto Carmen Américo