quarta-feira, 5 de maio de 2010

Amazônia diversa: Vale, BNDES e fundos de pensão criam Fundo de Reflorestamento para a Amazônia

A Agência Brasil notícia com "pompa e circunstância" que a "Vale, BNDES e fundos de pensão criam Fundo de Reflorestamento para a Amazônia".
Uma notícia interessante e instigante. Descobiram que o reflorestamento é mais rentável que a pecuária.
 Mais interessante ainda é o discurso: “Este é um exemplo bem sucedido de projeto social com retorno econômico. Hoje, já plantamos no Pará uma árvore por habitante e nossa meta é que seja plantada uma árvore para cada brasileiro. E é um projeto altamente rentável, muito mais que a pecuária que, lá, é extensiva”.  O grifo é meu, a fala é do presidente da Vale, Roger Agnelli.

Projeto social ? Ora, ora!! A iniciativa é muito interessante, mas é da Vale Florestar S.A. Não é um projeto "social". Abrange os municípios de Dom Eliseu, Ulianópolis, Paragominas, Rondon do Pará, Abel Figueiredo e Bom Jesus do Tocantins, no Pará (imagem ao lado, reprodução VALE)

Veja na íntegra e tire suas conclusões no site da Agência Brasil.
Segundo o Instituto do Home e Meio-Ambiente da Amazônia (Imazon),  o Pará continua ocupando a posição de líder do desmatamento em toda a região Norte e, dos cinco municípios que mais desmataram em toda a Amazônia no mês de março passado, cinco – Moju, Tailândia, Monte Alegre e Novo Progresso – são paraenses. Impressionante é que apenas os três primeiros municípios contribuíram com 15% do desmatamento total na região.


Além disto, uma questão preocupante se impõe, em março de 2010, o Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) registrou 76 quilômetros quadrados de desmatamento na Amazônia Legal, o que representa  aumento de 35% em relação a março de 2009 quando o desmatamento somou 57 quilômetros quadrados, destacou o pesquisador Adalberto Veríssimo, coordenador da Pesquisa à imprensa.
Verifica-se que o chamado vetor de desmatamento parece deslocar-se, até pouco tempo o líder da lista dos municípios que mais desmatavam era São Félix do Xingu na região sudeste do Pará, área de ocupação recente, o que não é o caso de Moju.
O que será que ocorre no município de Moju- expansão do biocombustível ? A floresta éstá dando lugar a quê? Demanda para a ciência.


Fonte Imazon.

Amazonia em transe: os impactos da indústria em instalação em Marabá

O blog Quaradouro mostra que a dinâmica do território de Marabá com a chegada da nova siderúrgica é passa por mudanças que stão muito além do prenúncio de progresso que a estampa midiática do proejto quer fazer crer.   Uma mega empreendimento que altera o uso do território e pode influenciar negativamente (não só, e não necessáriamente, o futuro dos moradores locais. O tabuleiro se move. Neste movimento os atores envolvidos tem peso diferente, seguem posições marcadas. Ainda bem que a história não é tão mecânica quanto as regras do xadrex.

 Segue a postagem na íntegra.

"É de angústia a situação das famílias de agricultores do projeto de Assentamento Belo Vale, em Marabá, ameaçadas pelas desapropriações realizadas pelo Estado para implantação da 3ª fase do Distrito Industrial de Marabá, onde a Vale vai construir a siderúrgica Aços Laminados do Pará (Alpa). Ao todo são 62 famílias assentadas pelo Incra a partir de 2003. Belo Vale está no centro da área em fase de aquisição pelo governo estadual para instalação de empresas que possam vir a produzir aço a partir de 2012.

Amazonia

Amazônidas: pequeno kaiapó

Amazônidas: pequeno kaiapó
Altamira-Pará Foto Carmen Américo